A defesa de Robinho teve negada, na noite desta quinta-feira, uma liminar em pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o atacante não seja preso imediatamente, após julgamento do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados do jogador tentarão recurso.
A decisão é do ministro Luiz Fux. Com isso, o jogador pode ser preso nas próximas horas. A Justiça Federal já expediu o mandado de prisão, e o ex-jogador foi detido pela Polícia de Santos (SP).
A partir da derrota no STJ, os advogados do adotaram as seguintes estratégias: entraram com o habeas corpus no STF, para Robinho aguardar os recursos do processo em liberdade.
ntenda o caso
Robinho foi condenado em três instâncias da Justiça italiana pelo estupro em grupo de uma mulher albanesa, em 2013. A decisão definitiva, da 3ª Seção Penal do Supremo Tribunal de Cassação, em Roma, é de janeiro de 2022, quando o atleta já tinha retornado ao Brasil.
No fim do mesmo ano, o Ministério da Justiça da Itália enviou pedido de extradição de Robinho, que foi negado pelo Governo – o país não extradita seus cidadãos naturais. Na sequência, os italianos acionaram o STJ para que a sentença fosse homologada para surtir efeitos no Brasil.
Este foi o pedido analisado pela Corte Especial do STJ. A Justiça brasileira não discute o mérito da ação italiana, a que condenou Robinho. O ex-jogador afirma que a relação foi consensual com a mulher e nega o estupro.
Robinho entregou seu passaporte ao STJ no ano passado e está proibido de deixar o país.
O crime aconteceu em janeiro de 2013, na boate Sio Café, de Milão. Segundo a investigação, Robinho e mais cinco brasileiros teriam participado do ato. Além do jogador, outro brasileiro, Ricardo Falco, foi condenado aos mesmos nove anos de prisão.
Falco também é alvo de um pedido da Itália para cumprimento da pena no Brasil. O processo contra ele no STJ ainda não foi pautado para julgamento. (Foto: Ahmet Bolat/Anadolu Agency/Getty Images)