Em um ato que gerou indignação entre os moradores de Casa Nova, na Bahia, o prefeito Anísio Viana decretou estado de calamidade na saúde pública, mesmo com aproximadamente 2 milhões de reais disponíveis no cofre da saúde. Ao mesmo tempo, ele planeja uma festa milionária de três dias no distrito de Pau a Pique e cria novos cargos com salários exorbitantes na prefeitura. Essa contradição levanta sérias questões sobre a responsabilidade da administração municipal e suas prioridades.
Funcionários do Hospital Municipal de Casa Nova, que enfrentam atrasos em seus salários, ameaçam paralizar e criticam o decreto do prefeito Anísio, classificando-o como “mentiroso”. De acordo com o portal da transparência, há milhões de reais disponíveis nas contas da saúde, o que contraria a justificativa para o estado de calamidade. Muitos acreditam que esses recursos podem estar sendo redirecionados para cobrir dívidas pessoais do prefeito.

O clima de insatisfação está crescendo entre os servidores municipais. O presidente do SINDICAN (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Casa Nova), Bispo, anunciou que a categoria está realizando sua primeira paralisação em defesa dos direitos dos trabalhadores. A ação visa pressionar a administração a cumprir com suas obrigações financeiras.
Dona Doraci, funcionária da saúde, lamenta a situação e afirma que Anísio Viana será lembrado como o primeiro prefeito a enfrentar uma paralisação em menos de 20 dias de mandato, devido à sua falta de compromisso em pagar os trabalhadores, mesmo com cerca de 2 milhões disponíveis na conta da saúde.
A situação em Casa Nova é um claro reflexo das prioridades distorcidas da administração municipal. Enquanto a população clama por melhorias na saúde e pelo pagamento de seus direitos, o foco do governo parece estar em festividades que pouco contribuem para as necessidades da comunidade. A continuidade dessa contradição poderá impactar negativamente a reputação e a gestão do prefeito, além de afetar diretamente a vida dos casanovenses.