Nossa esperança permanece firme em uma saúde justa e digna para Casa Nova, onde os doentes, especialmente aqueles com limitações, sejam tratados com humanidade, respeito e o atendimento necessário para sua recuperação.
Infelizmente, as promessas e discursos bonitos não estão se refletindo na realidade. Confesso que estou revoltada e cansada de precisar implorar pelo básico, por um direito que deveria ser garantido a qualquer ser humano, a qualquer cidadão, principalmente àqueles que estão em uma situação de fragilidade e dependem do sistema público para viver com dignidade.
É angustiante ter um doente em casa e precisar recorrer a tantos setores diferentes, apenas para ouvir respostas vazias, sem nenhuma solução concreta. Hoje, entrei em contato com vários órgãos responsáveis pela saúde em Casa Nova, incluindo um vereador. No entanto, em vez de resolverem o problema, fui direcionada de um setor para outro, cada um repassando a responsabilidade adiante. Todos davam a mesma resposta: não havia uma posição definida sobre a situação.
A questão é urgente. Precisamos de assistência fisioterapêutica para minha mãe, que passou por uma cirurgia de quadril e, desde que retornou para casa, não recebeu nenhum acompanhamento adequado. Esse não é um tratamento que pode ser adiado ou ignorado. O processo de reabilitação tem um tempo certo para ser feito, e qualquer atraso pode comprometer sua recuperação. Ela não pode andar, não consegue viajar em um carro comum e há anos enfrenta dificuldades de locomoção, passando por outras cirurgias. Cada etapa da sua reabilitação deveria ser tratada com prioridade, mas, infelizmente, não é o que está acontecendo.
Hoje, fomos confrontados com a realidade por trás do slogan do governo: “Trabalho para todos” e “Saúde é prioridade”. Palavras bonitas, mas que, na prática, não garantem atendimento digno para quem mais precisa.
Agora, além da preocupação com a recuperação da minha mãe, temos medo do futuro da saúde em Casa Nova. Quantas outras pessoas estão passando pelo mesmo descaso? Quantos pacientes, sem condições de pagar por um atendimento particular, estão sofrendo sem assistência?
Esperamos que essa realidade mude e que nenhuma outra família precise passar por tanta frustração e impotência diante de um direito que deveria ser garantido.
Edinalva Andrade