“Eu achei muito bom e é bom relembrar um pouquinho sobre a cultura africana que está um pouquinho esquecida. É muito bom brincar com o povo que não conhece e se divertir mesmo. Estou achando o evento uma maravilha.” O sentimento de Akilles Carvalho Maciel, estudante da Escola Municipal Dr. Raimundo Medrado Primo, resume a emoção vivida pelas crianças que participaram da programação desta quarta-feira (22) na Praça dos Poetas – Espaço Manuca Almeida, durante o Festival Juá Literária – Um Rio de Letras.
O brilho nos olhos dos alunos, a curiosidade despertada e a conexão com a cultura marcaram o início das atividades no espaço.
O encantamento também tomou conta de Felipe Gabriel Meneses da Silva, aluno da Escola Municipal Maria José Lima da Rocha, que fez questão de destacar a magia da leitura. “Eu gostei muito da feira literária e da apresentação do Zé Livrório. Tem muitos livros para ler.”
As falas das crianças mostram o que o Juá Literária se propõe a semear: memória, identidade, afeto, encantamento e pertencimento.
Espetáculo, ancestralidade e livros que ficam para sempre
Durante o dia, o espaço recebeu o espetáculo “Os Dengos na Muringa de Voinha”, apresentado pela escritora Ana Fátima e mestra Maria Bonita, que trouxe ao público elementos da cultura afro-brasileira por meio da dança, da música e da oralidade. “É muito importante um evento como esse, trazer as crianças da cidade para conhecer outras linguagens feitas com protagonismo negro, autoria negra e alimentando os nossos afetos.”
À tarde, foi a vez do carismático Zé Livrório envolver a garotada com histórias, humor e consciência ambiental. “Que privilégio pra Zé Livrório estar aqui na Juá Literária. A importância de entregar o livro, deixar cada um com seu livro na mão e falar da preservação do Rio São Francisco. Essa é a missão do Zé: divertir, brincar e deixar um legado.”
Um Rio de Letras que segue fluindo
Promovido pela Prefeitura de Juazeiro, o Juá Literária segue até sábado (25), com programação gratuita na Orla II, Centro de Cultura João Gilberto, Biblioteca Municipal, diversos distritos e até nas águas do Velho Chico.
Texto: Eudes Sampaio/Ascom PMJ
Fotos: Anamauê e Calebe Pereira


