Teve início nesta quinta-feira (7), no auditório da UNIFTC, a formação da primeira turma do curso Nós na Rede, uma iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde. O curso tem como objetivo reorientar e aperfeiçoar as práticas dos trabalhadores da Rede de Atenção Psicossocial/RAPS em todo o país.
O município de Juazeiro solicitou 120 vagas para participação no programa e, nesta primeira etapa, foram contemplados 30 profissionais que atuam nos Centros de Atenção Psicossocial/CAPS, Serviço Especializado em Saúde Mental/SESME, na Atenção Primária e no Hospital Regional de Juazeiro. A programação do encontro inaugural aconteceu das 9h às 16h e reuniu profissionais de diferentes áreas da saúde mental do município.
A ação é fruto de uma articulação entre a Fiocruz, o Ministério da Saúde e a Prefeitura de Juazeiro, por meio da Secretaria de Saúde/Sesau, através da Diretoria de Saúde Mental. A iniciativa fortalece o compromisso da gestão em promover a qualificação constante de seus profissionais, com foco na atenção psicossocial e no cuidado integral à saúde mental da população.
A educadora do curso, Josicleia Oliveira, psicóloga e integrante do programa Nós na Rede, destacou a importância da adesão de Juazeiro à formação. “É muito importante que o município de Juazeiro tenha aderido ao programa que está oferecendo formação para a rede de atenção psicossocial em todo o Brasil neste momento. Juazeiro conta hoje com 30 formandos que atuam em CAPS AD, CAPS II, CAPS Infantojuvenil, Ambulatório de Saúde Mental, Atenção Primária e Hospital Regional. O curso visa aprimorar as práticas a partir do paradigma e do movimento da reforma psiquiátrica brasileira. Vem como uma oportunidade de propor inovação nas práticas de saúde mental e avançar no processo de reforma psiquiátrica local de Juazeiro, mas principalmente na qualidade das práticas que os profissionais executarão”, afirmou.
Para a psicóloga Jéssica Barbosa, que atua no CAPS II de Juazeiro, o primeiro encontro representou mais que uma capacitação técnica. “Eu achei esse primeiro encontro uma excelente oportunidade para a rede poder se encontrar, de estar em contato com outros profissionais, de se atualizar, de sair do automático. Foi um momento para refletir, vivenciar e compartilhar experiências importantes para o nosso fazer profissional e para a vida. Para que, de fato, a gente consiga construir uma rede qualificada, acolhedora e humanizada, seguindo os princípios do SUS, da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial. Estou muito animada com a oportunidade e quero que esse curso traga muitas coisas boas tanto para a minha prática profissional quanto para a minha vida”, concluiu.
Texto: Camila Santana: Ascom PMJ/Sesau
