InícioPolicialProfessor PM é acusado de agredir aluno e avô do adolescente em...
spot_img

Professor PM é acusado de agredir aluno e avô do adolescente em escola do distrito de Pinhões, em Juazeiro; na delegacia, advogado da família relata que foi agredido por agente da PC

Um professor substituto, que também atua como policial militar, é acusado de agredir fisicamente um estudante de apenas 14 anos dentro da Colégio Municipal Raimundo Clementino de Souza, localizada no distrito de Pinhões, em Juazeiro, na região Norte da Bahia. O caso teria sido registrado na tarde dessa sexta-feira (30).

Em contato com o Portal Preto no Branco, o advogado Sátiro Ferraz informou que além do aluno, o avô do adolescente, um idoso de 62 anos, chamado José Arthur, também teria sido agredido pelo acusado.

“A agressão ao aluno aconteceu quando o professor substituto, que é também é Policial Militar, Ricardo Borges, estava dando aula. A agressão ao adolescente foi dentro do colégio, na sala de aula, por conta do celular do aluno, apesar do celular estar guardado. Já a agressão contra o idoso foi fora da escola, após o fim do horário das aulas, por volta das 18h. Segundo a família das vítimas, os alunos tão com medo do professor, ele ameaçou todos os alunos presentes, escrevendo no quadro de classe: não entregou o celular, se deu mal”, contou o advogado.

Ao procurar a Delegacia de Polícia Civil para registrar a agressão, José Arthur e o neto  foram informados que o professor já havia comparecido e registrado um B.O. de ameaça (art. 147, CP) contra o idoso.

“Ao chegarmos a delegacia para registrar a ocorrência vimos o professor que nos agrediu já lá dentro com outros policiais militares. Ficamos temorosos de sofrermos mais atos de violência e acionamos o advogado para que pudéssemos entrar acompanhados e seguros”, narrou o Senhor José Arthur.

Dr. Sátiro informou que no B.O. “houve a inclusão da parte trazida pelo idoso e neto ao mesmo procedimento policial, onde haverá coleta de depoimentos, relatório de Corpo de Delito, ouvida de testemunhas, dentro outros meios de prova”.

No entanto, o advogado vê esse registro antecipado como “uma artimanha para tentar inverter papeis de quem é o agente criminoso e quem é vítima, empregando uma narrativa inverídica que certamente será constatada através das investigações e exame de corpo de delito apontando para a gravidade das lesões sofridas, além da documentação médica extraída do Hospital de Traumas para onde o idoso e neto foram após a delegacia. O delegado titular do plantão já marcou data para a coleta dos depoimentos do idoso e neto para essa semana seguinte”.

O advogado apontou ainda que foi agredido na delegacia por um PC que se negou a encaminha o adolescente para exame de corpo de delito.

“Na ocasião do registro das agressões físicas, foi constatado no teor do boletim de Ocorrência que somente o idoso estava sendo mencionado, sendo ignorado que o menor esteve presente – impedindo que fosse realizado exame de corpo de delito como aconteceu com o seu avô. Me dirigi até a baia de atendimento e pedi educadamente que fosse incluso o menor no B.O. para que houvesse a realização de exame de corpo de delito. No entanto, o agente de polícia negou isso, e, se exaltou afirmando que eu estava querendo ‘aparecer e mostrar que estava trabalhando para os clientes verem’, relatou Dr. Sátiro.

O advogado contou ainda que o “houve uma situação de agressividade por parte do agente de Polícia Civil, que, de forma independente e pessoal, violou as prerrogativas do Advogado de forma grave tentando o agredi-lo com um tapa no rosto, além proferir xingamentos e gritaria– sendo essa situação objeto passível de investigação em procedimento a parte, incluindo Corregedoria e Ministério Público”.

Ainda de acordo com o advogado, “o delegado plantonista conteve os ânimos e tratou o Advogado de forma respeitosa e diligente a todo o tempo, como sempre aconteceu em todas as vezes que trabalhou na Delegacia de Juazeiro ao longo de mais de uma década, com bom relacionamento com todos os integrantes – diferentemente desse único agente que diligenciava a ocorrência, sendo considerado algo isolado , porém gravoso”.

Procurado pelo PNB, o Coordenador da 17 Coorpin, em Juazeiro, informou “teve um registro de ocorrência contra o advogado por desacato contra um IPC que estava trabalhando na noite de sexta-feira (30). Nessa ocorrência as partes envolvidas e testemunhas serão ouvidas. O IPC negou qualquer agressão e informou no boletim que a motivação seria o fato do advogado querer acrescentar o nome de outro envolvido em um BO já finalizado. As versões serão apuradas no decorrer da semana, quando todos serão intimados e ouvidos”.

Também procurada pelo PNB, a Secretaria de Educação “prestou solidariedade à família do estudante e reforça que repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar. A Seduc esclarece que, ao ser informada sobre o acontecimento pela gestora escolar, iniciou os procedimentos de apuração dos fatos e tomará todas as medidas cabíveis”.

fonte: Redação PNB

RELACIONADOS
spot_img
spot_img
spot_img
spot_img