Em Juazeiro, de segunda-feira a domingo, oito feiras e mercados funcionam em diferentes pontos da cidade, somando cerca de 1.700 encontros anuais que movimentam a economia e a vida das comunidades.
Espalhadas por sete regiões da sede do município, elas levam abastecimento para milhares de moradores. O impacto é grande. Para sustentar essa rede, a cidade conta com cerca de 800 feirantes credenciados pela Autarquia Municipal de Abastecimento (AMA), sem contar os permissionários que atuam em boxes na Central de Abastecimento (Ceasa) do município, a terceira maior do país.
Entre eles, está Benedito Ângelo, feirante há mais de 70 anos e lotado há décadas no Mercado Municipal Joca de Souza.
Ao longo das décadas, ele passou por diferentes espaços, chegando ao Joca, onde se consolidou (e hoje é o permissionário mais antigo do mercado). “Fiquei por aqui e nunca me dei mal. Todo mundo gosta de mim e eu também gosto de todos”, diz.
Vale mencionar que, diferente do que muitos pensam, as feiras de Juazeiro vão muito além das frutas, como as famosas uvas e mangas, carro-chefe do agronegócio local. Vestimentas, artesanato, elixires fitoterápicos e outros produtos revelam a cultura e a identidade da cidade, tudo em um só lugar.
“O feirante não é apenas um vendedor. Ele é um guardião da nossa história, da nossa cultura e da nossa economia”, diz Celso Leal, diretor-presidente da AMA.
Odete Santos é uma dessas figuras. Ela trabalha há 48 anos na Feira Livre do Alto da Maravilha. Compartilhando a profissão com marido e filhos, destaca o orgulho que sente da profissão. “Gosto demais do que faço. Trabalho com amor, carinho e dedicação”, conta.
“Tenho clientes que me acompanham há mais de 30 anos e gosto muito de todos”, completa.
Nesse ritmo afetivo, os feirantes têm papel estratégico no abastecimento e fortalecimento econômico do município, destaca Celso. “Cada banca é sinônimo de amizade, mas também de renda, empregos e movimento para o município. Elas merecem todas as homenagens possíveis”, diz.
Texto: Ascom PMJ – Layla Shasta